Miguel Nicolelis Neurociência - Especialistas

Miguel Nicolelis

São Paulo, SP
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Mais sobre o palestrante

Em 2004, foi apontado pela Revista Scientific American como um dos 20 maiores cientistas da atualidade.

Miguel Nicolelis é médico e neurocientista, graduado pela Universidade de São Paulo, com doutorado em Fisiologia Geral também pela USP, e pós-doutorado em Fisiologia e Biofísica pela Hahnemann University (EUA). Em julho de 2021 recebeu o título de Professor Emérito da Duke University, após ter sido Professor Titular do Departamento de Neurobiologia, e lecionado nesta universidade de 1994 a 2021 nos departamentos de Neurobiologia, de Psicologia e Neurociências, de Engenharia Biomédica, de Neurologia, e na Escola de Medicina. Além de sua contribuição como professor, fundou e dirigiu o Centro de Neuroengenharia da Duke University por 20 anos.

No Brasil, fundou a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa - a qual preside há 20 anos, e o Instituto Santos Dumont, onde é Professor Emérito do Programa de Pós-graduação em Neuroengenharia.

É pioneiro na pesquisa em interface cérebro-máquina (ICM), tecnologia que permite a interação entre cérebro e computador. Lidera estudos que investigam os princípios neurofisiológicos de circuitos neurais de mamíferos, o desenvolvimento de diferentes tipos de ICMs e sua aplicação no restabelecimento de movimentos em pessoas acometidas por paralisias e doença de Parkinson.

Publicou até o momento 223 artigos científicos em múltiplas revistas científicas de grande impacto, como Nature e Science.

Dr. Nicolelis é membro das Academias de Ciências da França e do Brasil. Em 2004, foi apontado pela Revista Scientific American como um dos 20 maiores cientistas da atualidade. Em 2015 a revista americana Foreign Policy o elegeu como um dos 100 pensadores de maior influência no mundo. Dentre os prêmios internacionais recebidos, destacam-se o “Director’s Pioneer Award” e o “Director’s Transformative R01 Award”, concedidos pelo National Institutes of Health (EUA), o “IEEE Daniel E. Noble Award for Emerging Technologies” concedido pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (EUA); e o “Claude Shannon Luminary Award”, concedido pela Nokia Bell Labs (EUA).

Em adição às atividades acadêmicas e de P&D, iniciou em 2003 a concepção e implantação de projetos científico-sociais no Brasil, sendo o Rio Grande do Norte o local de início desse projeto, com a criação do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), duas unidades da Escola de Educação Científica Alfredo J. Monteverde, e do Centro de Saúde Materno-Infantil Anita Garibaldi.

Também no Brasil, fundou e dirigiu o Projeto Andar de Novo (Walk Again Project), que criou o primeiro exoesqueleto de membros inferiores controlado pelo cérebro, um protocolo de neuroreabilitação, e o sistema de estimulação elétrica funcional controlado pelo cérebro, todos voltados para pessoas acometidas por lesão medular no nível paraplegia.

Durante a pandemia de Covid-19 atuou ativamente em prol da adoção de medidas de isolamento social da população e de redução da dispersão do coronavírus, e em campanhas de combate à desinformação. Foi Coordenador do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Consórcio Nordeste em 2020, auxiliando os governadores dos estados do Nordeste na criação de políticas públicas para enfrentamento da pandemia

Dr. Nicolelis é apaixonado pela ciência, e tem dedicado sua vida não só em realizá-la, mas também em torná-la acessível à população. É autor dos livros: “Muito além do nosso eu: a nova neurociência que une cérebros e máquinas - e como ela pode mudar nossas vidas”; “Made in Macaíba – a história da criação de uma utopia científico-social no ex-império dos Tapuias”; “O Cérebro Relativístico – como ele funciona e por que ele não pode ser simulado por uma máquina de Turing”;  “O verdadeiro criador de tudo - como o cérebro humano esculpiu o universo que nós conhecemos”; e “Nada mais será como antes”.

 

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Palestras

01

Inteligência Artificial x Inteligência Natural: uma disputa desigual

Sobre a palestra:

Os computadores digitais podem simular as funções mais elaboradas do cérebro humano? A inteligência artificial é mesmo inteligente? O que pode estar por trás dos algoritmos que comandam a inteligência artificial?Quais as consequências do uso excessivo e indiscriminado da IA?

Nesta palestra o Dr. Miguel Nicolelis expõe de forma simples o conceito de cérebro relativístico, e explica por que um computador digital nunca será capaz de substituir o cérebro humano. Em um diálogo que aborda as grandes descobertas científicas em neurofisiologia, computação e filosofia, além do conhecimento adquirido em seus quase 40 anos dedicados à neurociência, o Dr. Nicolelis nos convida a refletir sobre a singularidade da natureza humana, e sobre nossa responsabilidade - como sociedade - em debatersobre as consequências do uso da IA.

O que está em jogo, segundo o Dr. Nicolelis, não é a competição com as máquinas, mas a manutenção da nossa condição humana.

02

O cérebro como centro do universo humano

Sobre a palestra:

Como seria um mundo em que pessoas conduzissem aparelhos eletrônicos por meio do pensamento? Onde pessoas com quadriplegia pudessem andar e os sintomas motores da doença de Parkinson pudessem ser controlados? Onde pessoas pudessem realizar tarefas colaborativas através da sincronização de seus cérebros?

Em suas pesquisas, Miguel Nicolelis mostra que o que parecia ficção científica até recentemente está prestes a se tornar realidade. Ele fala de um cérebro que não é passivo decodificador de informações, mas sim um escultor da realidade e da sensação de sermos nós mesmos.

Como o cérebro cria a noção que cada um tem de si próprio? Como a sincronização de cérebros ajuda na conexão de equipes na busca por objetivos em comum? Em uma sociedade competitiva e individualista, como a tecnologia pode nos lembrar de que evoluímos para sermos seres colaborativos? Qual o papel da máquina nesse novo cenário? O que é interface cérebro máquina?Quais os possíveis impactos dessa nova realidade sobre a humanidade?

Nesta conversa, o neurocientista abordará essas questões, além de falar sobre suas descobertas e de sua equipe, das fascinantes perspectivas para pessoas com distúrbios neurológicos e de um futuro tecnológico em que as visões catastrofistas dão lugar ao otimismo e à esperança.

03

Interfaces cérebro-máquina: da pesquisa básica às aplicações clínicas

Sobre a palestra:

O neurocientista Miguel Nicolelis tem dedicado sua carreira para investigar como os cérebros de animais em comportamento livre codificam informações sensorial e motora. Como resultado destes estudos, ele foi o pioneiro a propor e demonstrar que animais e humanos podem utilizar as atividades elétricas de seus cérebros para controlar aparatos neuroprostéticos através do uso de interfaces cérebro-máquina (ICMs), termo cunhado por ele e seu orientador John Chapin no final dos anos 90.

Ao longo de mais de 25 anos, o Dr. Nicolelis criou e aperfeiçoou um novo método neurofisiológico, conhecido como registro crônico de múltiplas áreas e de multieletrodos. Utilizando esta abordagem em uma variedade de espécies animais, e também em procedimentos intraoperatórios em pacientes humanos, criou um novo campo de investigação, que tem como objetivo mensurar a atividade simultânea e as
interações de grandes populações de neurônios em todo o cérebro.

Durante sua trajetória, o Dr. Nicolelis descobriu vários princípios fisiológicos que governam o funcionamento dos circuitos cerebrais de mamíferos. Seus estudos pioneiros são amplamente reconhecidos por oferecerem potenciais novas terapias a pacientes acometidos por doenças neurológicas como paralisias severas, doença de Parkinson e epilepsia.

Como fundador e coordenador científico do Projeto Andar de Novo (Walk Again Project), liderou a criação de dois aparatos inéditos controlados pelo cérebro humano, o exoesqueleto de membros inferiores e o sistema de estimulação elétrica muscular funcional, ambos desenvolvidos para restaurar a deambulação em pessoas com paraplegia completa. Ainda neste projeto, deslumbrou o mundo ao demonstrar que a aplicação de uma rotina sistemática de treinos com ICMs, realidade virtual e fisioterapia convencional resultam em melhora neurológica de pessoas com paraplegia completa, mesmo após anos da ocorrência da lesão medular.

Inúmeros laboratórios de neurociências nos Estados Unidos e na Europa, Ásia e América Latina têm incorporado os paradigmas experimentais criados pelo Dr. Nicolelis, e sua pesquisa tem influenciado pesquisas básicas e aplicadas nas ciências de computação, robótica, engenharia biomédica e clínicas.

Nesta conversa, o neurocientista falará sobre suas descobertas, e as fascinantes perspectivas do uso das interfaces cérebro máquina na restauração de movimentos e na neuroreabilitação de pessoas com distúrbios neurológicos.

04

A ciência como agente de transformação social

Sobre a palestra:

Como cientistas brasileiros, radicados no exterior, poderiam contribuir para o desenvolvimento econômico e sociocultural de seu país natal?

Como resposta a essa indagação, surgiu a ideia de criar um projeto privado, cuja principal meta seria construir institutos de pesquisa independentes que promoveriam pesquisa científica básica e aplicada, de nível mundial, em áreas estratégicas consideradas vitais para o desenvolvimento do Brasil.

A principal missão desses institutos não estaria limitada à produção de pesquisa acadêmica, mas também incluiria o estabelecimento de iniciativas educacionais e sociais, com o intuito de fortalecer as comunidades excluídas da região.

A sustentabilidade desses projetos sociais e de pesquisa poderia ser alcançada, pelo menos em parte, com o estabelecimento de parques de pesquisa industrial, adequados às vocações científicas e aspirações de cada uma dessas comunidades. Em síntese, o plano consistiria em criar polos integrados e autossustentáveis de geração de conhecimento e desenvolvimento social.

Desse anseio e filosofia surgiu o projeto do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS). Localizado no estado do Rio Grande do Norte, o IIN-ELS contribui para o processo de minimização das desigualdades sociais e econômicas entre as diferentes regiões do país, descentralizando a produção e a disseminação do conhecimento, e tornando a educação científica qualificada acessível.

05

Avanços da tecnologia e suas implicações no futuro

Sobre a palestra:

Para onde a Ciência deve nos levar nos próximos anos? De alguma maneira, todos nós fazemos e usufruímos da ciência.
Ela está no cotidiano de todos – seja na educação, na economia, na medicina. A ciência deve constituir a base de quaisquer projetos, pois é capaz de tornar as pessoas mais conscientes, produtivas e participativas.

Há uma maneira tropical emergente de fazer ciência, movida pela pesquisa em energia renovável, agricultura, água e genética vegetal e animal. Essas são as questões definidoras do planeta. A ciência está extravasando os portões dos campi
universitários e está se transformando em commodities das sociedades modernas.

No século 21, a força da sociedade não residirá mais, simplesmente, em aspectos econômicos e sim no domínio da ciência e na habilidade de desenvolver tecnologias. Todos os países têm de investir maciçamente em áreas básicas de tecnologia. Isso é uma visão estratégica de longo prazo. Cada país tem a chance de criar e ser o líder de uma nova indústria, usando a ciência, seus recursos naturais e seu talento humano, criando uma economia do século XXI, que é a bioeconomia, a economia dos combustíveis renováveis, que não é só etanol, mas é biodiesel, sol, energia eólica.

Temos, no Brasil, as maiores reservas naturais do mundo e a chance de criar energia limpa, um ambiente que pode impedir o avanço do aquecimento global e uma indústria ecológica que seja exemplo para o mundo inteiro, substituindo a indústria petroquímica por uma indústria verde. Podemos ser os maiores produtores de alimento do mundo e ultrapassar as grandes potências agrícolas. Existe toda uma economia que pode ser altamente sustentável, e que pode servir de retorno em
empregos e conhecimento que ampliariam ainda mais a matriz renovável energética brasileira.

Tudo isso é ciência. Temos a melhor perspectiva, no mundo científico, de desenvolver pesquisas voltadas para a felicidade do ser humano.

06

Profissão: Geek Forever!

Sobre a palestra:

Nessa palestra Miguel Nicolelis vai mostrar que tanto a ciência como os cientistas dependem da inovação, da  criatividade e da ousadia.

Portanto, desmistificando o estereótipo do cientista, ele mostra como somos todos geeks e nerds e que sem essa cultura
de ousadia, curiosidade e empreendedorismo científico, a ciência não tem como progredir ou ter um verdadeiro impacto na sociedade.

O tempo de copiar o que vem dos EUA ou da Europa passou. É preciso desenvolver a nossa própria visão de como a ciência pode ajudar a resolver os grandes problemas da humanidade e do planeta.

Para tanto, ele usará a história das interfaces cérebro-máquina e do consórcio internacional Andar de Novo para exemplificar como uma ideia considerada impossível 20 anos atrás se transformou em realidade a ponto de permitir que oito pacientes paraplégicos brasileiros pudessem experimentar a sensação de andar novamente e um deles tivesse a honra de dar o chute inaugural da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

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