Marcelo Gleiser

Que tipo de futuro as tecnologias atuais irão criar? Que impacto essas tecnologias terão em nossas vidas individuais e no mundo corporativo?

Analiso o impacto social, econômico e ético de novas tecnologias, incluindo IA, engenharia genética e mineração de dados, com foco em como garantir que elas sirvam ao nosso projeto de civilização de maneira sustentável e ética, em vez de nos levar a um futuro distópico.

A ciência exige humildade para reconhecer que o conhecimento é sempre limitado, coragem para assumir riscos e errar, e compreensão de que o fracasso é uma parte essencial do crescimento e aprendizado. 

No campo científico, ideias disruptivas surgem das limitações e falhas das ideias anteriores. A busca pelo novo é fundamental para o progresso, mesmo quando ele entra em conflito com práticas e visões de mundo do passado. Uso exemplos da história da ciência para ilustrar como esses princípios podem enriquecer a vida corporativa, incentivando novas ideias e maximizando o poder criativo de líderes e colaboradores em todos os níveis.

Nossa existência e sobrevivência estão profundamente ligadas ao destino do nosso planeta. Desequilíbrios no clima, na qualidade e no acesso ao ar e à água, guerras e instabilidades geopolíticas podem rapidamente comprometer a estabilidade da sociedade humana. 

Após 200 anos de crescimento industrial acelerado, nosso próprio sucesso se tornou um risco existencial para a humanidade. Como espécie, estamos em um ponto de inflexão, e as escolhas que fazemos agora definirão o futuro da nossa civilização. Exploro essas conexões entre o cosmos e a vida sob uma visão sistêmica das ciências planetárias e da economia, propondo um novo paradigma para a ética corporativa que pode redefinir o futuro da nossa espécie e do ecossistema com o qual coexistimos.

Viver com um senso de missão e agir de acordo com esses objetivos tem o poder de transformar quem somos e o propósito da nossa existência. Apresento minha Teoria dos Círculos Existenciais, que começa no indivíduo, se expande para a família e a comunidade e, por fim, abrange o planeta e o cosmos, ilustrando nossa interconexão e codependência com tudo o que existe. 

Essa perspectiva inspira um caminho emocional transformador, que valoriza a humildade e a espiritualidade. Somos o resultado de nossas escolhas, e a maneira como decidimos viver e nos relacionar com os outros e com o mundo deve estar alinhada com todos os círculos existenciais aos quais pertencemos.

Somos animais capazes de contemplar o infinito, escrever poemas e compor sinfonias, mas também de cometer atrocidades contra outras pessoas, animais e o meio ambiente. Como chegamos até aqui? Por que ainda agimos assim, mesmo após milhares de anos de "civilização"?

Construímos maravilhas tecnológicas, mas moralmente ainda habitamos as cavernas de nossos ancestrais. Existe uma maneira de enxergar o crescimento não como uma vitória pessoal ou monetária, mas como um bem que deve ser compartilhado de forma mais justa? É possível evoluir moralmente em um mundo repleto de desafios e tentações? 

Essas são algumas das questões que exploro nesta palestra, sugerindo soluções baseadas na ciência e na filosofia, que promovem transformações emocionais e espirituais profundas, alinhadas a um novo futuro para a humanidade.