Altruísmo Corporativo

Seja egoísta, ajude o próximo!
Se você é vítima da crença arcaica que diz “Cada um por si e Deus pra todos”.
Trago uma boa notícia, essa crença caducou e estamos na era da colaboração, portanto, temos que pensar no coletivo e não somente no individual.
Se você não pensar no próximo por consciência e convicção faça-o porque está na moda, finja que você é bom.
Se não quiser fazer nem por isso, OK, tenho outra alternativa, faça por egoísmo.
Está comprovado cientificamente que ajudar o próximo faz bem!
Jorge Moll Neto, PhD, fundador e coordenador da Unidade de Neurociência Cognitiva e Comportamental e co-fundador e presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, demonstrou em um estudo científico os benefícios do altruísmo.
Ele comparou a resposta cerebral (bioquímica e cognitiva) em três situações:
Quando você ganha dinheiro.
Quando você doa parte deste dinheiro que ganhou à uma causa que você acredita ou considera nobre.
Quando você nega a doação por não acreditar na causa.
O resultado não nos deveria surpreender, as regiões cerebrais ativadas quando você ganha dinheiro, mesolímbico dopaminérgico, está associado a região da recompensa e gera uma sensação de bem-estar.
Ao opor-se à doação, você ativa o sistema de recompensa, porém você também ativa a outras regiões do cérebro que estão relacionadas à sentimentos aversivos que reduzem ou até pode anular as boas sensações.
No caso da doação, você ativa o sistema de recompensa e ativa também circuitos seletivos relacionados a sentimentos afiliativos que são próprios de cuidados mãe-filho, formação de casais ou de proteção ao cônjuge, portanto, o sentimento de bem-estar se vê potencializado produzindo uma sensação de prazer maior a quando se ganha.
Além deste benefício direto, também sabemos que o impacto causado por uma boa ação, ao estar no sistema límbico do cérebro, onde reside a memória de longo prazo, fica para sempre.
Porém, a teórica sensação de bem-estar ao comprar um bem qualquer, uma roupa ou um celular por exemplo, tem curta duração e aos poucos dias não nos lembramos mais e precisamos de “outra dose”.
O terceiro grande benefício é a influência que fazer o bem tem no entorno, nas pessoas à sua volta, que são contagiadas com o seu exemplo.
O quarto e último beneficio, obviamente, é de quem recebe a ajuda.
Portanto…
SEJA EGOÍSTA!
AJUDE O PRÓXIMO!
Você ajudará a uma pessoa ou causa, à sociedade e, de forma cientificamente comprovada, sobretudo, ajudará a você mesmo.
OK, e o que isso tem a ver com o mundo corporativo?
O primeiro é que não podemos nos esquecer jamais que as empresas não são formadas por recursos como definiu Fayol, e sim por pessoas, que pensam e sentem.
Sem entrar nesta seara que será objeto de outro post, vamos pensar “somente” no negócio.
Se uma empresa considera o impacto social em suas decisões e ações, isso faz com que seus colaboradores se sintam orgulhos da organização onde trabalham.
Isso, associado ao propósito da empresa (é importante que a empresa tenha um propósito), eleva o nível de engajamento do colaborador a um sentimento de pertencimento que não se consegue de outra forma.
Uma empresa que se preocupa, e principalmente se ocupa, do impacto social de seu negócio muda de patamar para seus colaboradores, clientes e parceiros.
E isso se nota nos resultados.
Raj Sisodia, Jagdish N. Sheth e David Wolfe mostram em seu livro Firms of Endearment (empresas carinhosas em tradução livre).
Segundo os autores, empresas, do S&P 500, com paixão, propósito e compaixão cresceram 14x mais on paydayloanface.
SER GENEROSO E ALTRUÍSTA É RENTÁVEL!
Márcio Bueno